quarta-feira, 2 de dezembro de 2009











Ícone da Boca do Lixo



Coolaboração de : MARCELO MIRANDA

Ele se denominava um "operário" do cinema brasileiro. Autor de 32 longas-metragens, realizados entre 1972 e 1988 - a maior parte na Boca do Lixo -, o cineasta Tony Vieira passa por um momento de redescoberta. Desde o último dia 11 de novembro, está aberta na cidade mineira de Contagem (municípico da região metropolitana de Belo Horizonte, a 15 Km da capital) uma exposição em homenagem à memória do "operário".

Tony Vieira contracena com Claudette Jolbert no filme "Traídas Pelo Desejo" (1976)

"Tony Vieira - Cineasta de Contagem" reúne um vasto acervo de fotos, cartazes, figurinos, objetos de cena e textos relativos à trajetória do diretor. A iniciativa veio da prefeitura local, no intuito de revalorizar a imagem e a obra de um dos mais populares realizadores que o cinema brasileiro já teve. "O Tony foi um cineasta apaixonante justamente por ser um apaixonado pelo cinema", exalta a historiadora Carolina Dellamore, membro da Diretoria de Memória e Patrimônio da Secretaria de Educação e Cultura de Contagem.


Tony Vieira e Claudette Jolbert, desta vez no cartaz do polêmico filme "A Filha do Padre" (1975)
Carolina conta existirem, até alguns anos atrás, dois rumores na cidade a respeito de Tony Vieira. Um era de que ele tinha sido responsável por atrair milhares de pessoas para assistir aos seus impactantes filmes nos cinemas; o outro dava conta de que ele fora apenas um realizador de fitas pornográficas e nem merecia ter o nome vinculado a Contagem. "Sempre ficávamos na dúvida: qual era, afinal, o verdadeiro Tony?", conta ela.

Munida do faro histórico e da memória e empolgação de Hytagiba Carneiro - que atuou em vários filmes de Tony e foi o responsável por guardar todo o seu acervo, após a morte do diretor em 1990 -, a equipe de Carolina conseguiu reconstituir os caminhos de Tony Vieira, inclusive confirmando que dois de seus trabalhos ("Traídos pelo Desejo" e "Os Depravados") tinham cenas filmadas em Contagem. "É também uma forma de nos enxergar através da obra dele", afirma Carolina.

Para Hytagiba, foi a realização de um sonho antigo e persistente. Defensor e profundo admirador de Tony, o ator - hoje aos 80 anos - fez o que pôde para cuidar da obra do amigo e manter o nome dele em voga. Durante um grande período, guardou as latas de negativo dos filmes de Tony em casa. As condições inapropriadas de armazenamento lhe causaram problemas respiratórios, por conta da decomposição das películas.
ASSISTA A TRECHO DO FILME "A FILHA DO PADRE" (1975)

Após ficar algum tempo na Casa de Cultura Nair Mendes Moreira, em Contagem - onde Hytagiba diz ter ido vistoriar rotineiramente, para saber se não faltava nenhum rolo de filme ou objeto de Tony -, o acervo foi depositado no Crav (Centro de Referência Audiovisual), em Belo Horizonte, onde atualmente está sob condições ideais de preservação. A prefeitura de Contagem deve promover uma mostra desses títulos no ano que vem, como parte de um projeto de restauração da obra.

Sucesso
Números apurados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) dão conta de que Tony Vieira é o diretor brasileiro com maior número de títulos cuja frequência do público variou entre 500 mil e 1 milhão de espectadores - veja ranking no site da Ancine.


Hytagiba Carneiro atuou em vários filmes de Tony Vieira e foi responsável pelo seu acervo
Seu maior sucesso é "Desejo Proibido" (1974), com pouco mais do milhão de pessoas. Mas os demais variam de 527 mil ("Os Depravados", entre 1978 e 1979) a 968 mil espectadores ("A Filha do Padre", em 1975). No cenário semi-industrial da Boca, no qual levar pessoas às salas de exibição era garantia da continuidade de produção, Tony estava no grupo dos muito bem-sucedidos. Não por menos, fundou sua própria produtora, a MQ Filmes, e fazia ele mesmo praticamente tudo - era diretor, ator, compositor, montador, diretor.


Tony Vieira era pseudônimo para Mauri de Oliveira Queiroz. Nascido na pequena Dores do Indaiá (cidade do oeste mineiro, a 244 Km de Belo Horizonte), aos 12 anos se mudou para Contagem, seguindo as andanças de um circo itinerante. Na cidade, trabalhou na Companhia de Cimento Itaú, empresa que mantinha um show de calouros no qual Tony despertou a veia artística.

A ida para São Paulo aconteceu no final dos anos 60, a convite de Moacir Franco, que o levou à TV Tupi e lhe deu papéis em telenovelas. O cinema surgiu naturalmente, muito por conta da sanha de Tony em descobrir novas formas de contar histórias. Integrado na Boca do Lixo - local na Rua do Triunfo onde uma geração de cineastas montou um informal e efervescente polo de produção -, realizou seu primeiro longa, "Gringo, o Último Matador", em 1972.

Dali em diante, Tony Vieira virou sinônimo de sucesso - e também de versatilidade. Dirigiu faroestes, thrillers policiais, suspenses e, no fim da carreira, diversos pornôs. "Sua principal marca era falar diretamente ao povão", diz o pesquisador Rodrigo Pereira, especialista em "western feijoada" (denominação para os bangues-bangues brasileiros). "O Tony tinha um desprendimento no jeito de filmar e narrar que o aproximava da massa popular disposta a ver os seus filmes. Se tivesse mais dinheiro, ele estaria no mesmo nível de um Enzo G. Castellari [diretor italiano de "Keoma" e "Assalto ao Trem Blindado", que inspirou "Bastardos Inglórios"]. Mas, do jeito que fez, deixou uma marca".


FILMOGRAFIA DE TONY VIEIRA


1988 - "Calibre 12"
1988 - "A Famosa Língua de Ouro"
1987 - "Eu Adoro Esta Cobra"
1987 - "Julie... Sexo à Vontade"
1987 - "Scandalou's das Libertinas"
1986 - "Garotas da Boca Quente"
1986 - "Meninas da B... Doce"
1985 - "Banho de Língua"
1985 - "Neurose Sexual"
1986 - "Venha Brincar Comigo"
1984 - "Meninas de Programa"
1984 - "Prostituídas pelo Vício"
1983 - "Corrupção de Menores"
1982 - "As Amantes de Helen"
1982 - "Desejos Sexuais de Elza"
1982 - "Susy... Sexo Ardente"
1981 - "Condenada por um Desejo"
1980 - "Tortura Cruel"
1979 - "O Matador Sexual"
1979 - "O Último Cão de Guerra"
1978 - "Os Depravados"
1978 - "Os Violentadores"
1977 - "As Amantes de um Canalha"
1976 - "Torturadas pelo Sexo"
1976 - "Traídas pelo Desejo"
1975 - "A Filha do Padre"
1975 - "Os Pilantras da Noite"
1974 - "O Exorcista de Mulheres"
1973 - "Desejo Proibido"
1973 - "Sob o Domínio do Sexo"
1972 - "Gringo, o Último Matador" (ou Gringo, o Matador Erótico)


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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Exposicao tony vieira 2009



Chega nessa quarta feira 11 de Novembro em Contagem, Diretores, Produtoes e Artistas do Rio e de Sao Paulo que irão participar do Lancamento do “PROJETO TONY VIEIRA O CINEASTA DE CONTAGEM” Ás 20 Horas, no Centro Cultural de contagem.

Endereço: AV. JOÂO CÉSAR DE OLIVEIRA, Nº 1.090, ÁS 16:00 HORAS, onde os artistas convidados, diretores, e escritor RENATO FERNANDES (REVISTA JOYCE PASCOWITCH – SÃO PAULO) A HISTORIADORA CAROLLINA DE LLAMORE, O MESTRE DE CINEMA - PROFESSOR HÉLIO GAGLIARD, O FILHO DO CINEASTA TONY VIEIRA – TONY MURTIZ, HYTAGIBA CARNEIRO – ATOR E JORNALISTA (JORNAL TRIBUNA DE CONTAGEM), Farão um debate sobre a setima arte “A VIDA E OBRA DE TONY VIEIRA” E A DIFICULDADE DE SE FAZER CINEMA NO BRASIL NAS DÉCADAS DE 70 E 80.



ATORES CONVIDADOS
DAVID CARDOSO (PRODUTOR / DIRETOR / ATOR)
SÃO PAULO / MATOGROSSO DO SUL)

CARLOS MOSSI (PRODUTOR / DIRETOR / ATOR)
RIO DE JANEIRO

HEITOR GAIOTTI
ZILDA MAYO
DÉBORA MUNIZ
JOZÉ LOPES (O ÍNDIO)

O material exposto veio dos acervos de Toni Murtes, filho do cineasta, e do ator Hytagiba Carneiro. Outra coleção foi doada em 1996 para a Casa de Cultura Nair Mendes, de Contagem, e está sob guarda do Centro de Referência Audiovisual (CRAV), da Prefeitura de Belo Horizonte. O Crav tem cópias dos filmes que necessitam de recuperação, explica a pesquisadora. Carolina Dellamore diz que a mostra deve ser apresentada em outras cidades e é o primeiro passo para a recuperação da obra do cineasta mineiro.

Em 2010, completam-se 20 anos da morte de Tony Vieira. Para marcar a data, a pesquisadora sonha em realizar outra mostra, reunindo os filmes dele. O cineasta Mauri de Oliveira Queiróz (1938-1990) nasceu em Dores do Indaiá. Aos 10 anos, transferiu-se com a mãe para Contagem. Jovem, viajou pelo interior de Minas Gerais com o Circo Pindoba, foi locutor de parque de diversões e apresentava show, “transformando-se” em macaco. Ele também foi apresentador de luta livre na TV.

No fim da década de 1960, mudou-se para São Paulo. Depois de fazer pequenos papéis em filmes como Panca de valente (1968), de Luiz Sérgio Person, Corisco, o diabo loiro (1969), de Carlos Coimbra, e de produções de Mazzaropi, Tony estreou como diretor em 1972, com Gringo, o último matador ou O matador erótico.


Tony Vieira e Claudette Joubert em Traídas pelo desejo, longa-metragem de 1976,Tony Vieira criou com Francisco A. Soares a principal financiadora de seus projetos: a produtora MQ ( Marca e Qualidade ) Filmes. Fã de Charles Bronson, fez a versão brasileira do herói solitário a serviço da justiça e do bem. A receptividade do público estimulou o lançamento de Sob o domínio do sexo (1973), O exorcista de mulheres (1974), Os pilantras da noite (1975) e O último cão de guerra (1979). Na década de 1980, dedicado às pornochanchadas, Tony lançava até quatro filmes por ano.

São esperados os atores e diretores David Cardoso e Carlos Mossy, além de artistas que trabalharam com Tony Vieira, como Heitor Gaiotti, José Lopes, Zilda Mayo e Débora Muniz.


TONY VIEIRA, O CINEASTA DE CONTAGEM
Abertura nesta quarta, às 19h30. Centro Cultural de Contagem, Rua Dr. Cassiano, 130, Centro de Contagem. Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Até 11 de dezembro. Entrada franca.
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sábado, 7 de novembro de 2009

Tony Vieira

TONY VIEIRA - Mauri de Oliveira Queiroz nasceu em Dores do lndaiá, MG, em 1938. Aos doze anos de idade, foge de casa e deixa sua cidade para acompanhar um circo, onde é baleiro, locutor e trapezista. Nos anos 60 vai para Belo Horizonte e faz estágio de seis anos na TV ltacolomi. Lá, com Otávio Cardoso participa do Teatro Universitário. Radica-se em São Paulo em 1968, trabalha como ator em novelas da TV Excelsior, onde conhece o pessoal de cinema. Inicia carreira como ator no cinema, no filme A VIDA QUIS ASSIM, em 1967. Em 1972 começa a dirigir seus filmes, sempre policiais ou Faroestes tipo Spaghetti italiano. Na década de 80, adere ao sexo explícito e dirige diversos filmes como Mauri Queiroz, seu nome verdadeiro. Morre em 1990, aos 52 anos de idade.

FILMOGRAFIA:
1967- A VIDA QUIS ASSIM
- O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO
1968- PANCA DE VALENTE
1969- CORISCO, O DIABO LOIRO
- UMA PISTOLA PARA DJECA
1970- BETÃO RONCA FERRO
1971- UM PISTOLEIRO CHAMADO CAVIÚNA
- ENQUANTO HOUVER ESPERANÇA
1972- GRINGO, O ÚLTIMO MATADOR
- QUATRO PISTOLEIROS EM FÚRIA
- AS MULHERES AMAM POR CONVENIÊNCIA
- NUA E ATREVIDA
1973- DESEJO PROIBIDO
- SOB O DOMÍNlO DO SEXO
- GERAÇÃO EM FUGA
1974- O EXORCISTA DE MULHERES
1975- A FILHA DO PADRE
- OS PILANTRAS DA NOITE
1976- TORTURADAS PELO SEXO
- TRAÍDAS PELO DESEJO
1977- AS AMANTES DE UM CANALHA
1978- OS VIOLENTADORES
1979- O ÚLTIMO CÃO DE GUERRA
- O MATADOR SEXUAL
1980-TORTURA CRUEL
-UM MENINO, UMA MULHER
198l-CONDENADA POR UM DESEJO
-A CAFETINA DE MENINAS VIRGENS
1982- DESEJOS SEXUAIS DE ELZA
1983- CORRUPÇÃO DE MENORES
1984- PROSTITUIDAS PELO VÍClO
1987- CALIBRE 12.

Exposicao Tony Vieira - Contagem Minas Gerais

Os Violentadores


Abutre, caçador de prêmios, está à procura de Montero, chefe de uma quadrilha de assaltantes que vem matando e estuprando mulheres. Num acidente, Abutre mata uma criança, filha de Montero, que reúne seu bando para se vingar. Com a morte da criança, Abutre resolve abandonar a caçada. Fugindo para a fronteira, ele encontra uma mestiça, mulher de Montero e mãe da criança. Enquanto ele tenta provar sua inocência à mulher, Montero chega com seus capangas. A quadrilha começa a vasculhar a cidade à procura de Abutre, invandindo e saqueando as casas e travando cerrado tiroteiro com o delegado local e seus auxiliares. Após muitas mortes, Abutre consegue liquidar o bando, voltando a seu destino de caçador de prêmios.

Ficha Técnica
Título Original: Os Violentadores
Gênero: Faroeste
Duração: 90 min
Lançamento (Brasil): 1978
Distribuição: M.Q. Filmes
Direção: Tony Vieira
Assistente de Direção: Walter Wanny e Rajá de Aragão
Roteiro: Tony Vieira
Produção: Mauri de Oliveira Queiroz (Pseudônimo de Tony Vieira)
Gerente de Produção: Iragildo Mariano
CCo-produção: M.Q. Filmes
Música: Mauri de Oliveira Queiroz e Maestro Salinas
Fotografia: Henrique Borges
Efeitos Especiais: Iragildo Mariano
Edição: Walter Wanny
Elenco
Tony Vieira (Abutre)
Claudette Joubert (Lua Branca)
Heitor Gaiotti (Gato)
Francisco Assis Soares (Delegado)
Vic Brawn (Madalena)
Wanda Sevic (Dolores)
Dirce Morais (Vitória)
Vicky Novani
Rajá de Aragão (Pancho Flores)
Lázaro Araújo (Montero)
Lúcia Ramos
Madalena Silva
Carlos Valente
Castor Guerra
Elden Ribeiro (Dimas)
Índio Saltense (Loco Medina)
Novani Novakoski (Vany)
Hytagiba Carneiro (Miguelito)
Helly Antônio (Velasquez)
Abel Constâncio (Cigano)
Veralise (Elisa)
Waldir Siebert (Blanco)
Nestor Alves de Lima (Agente funerário)
Sônia Cristina (Melinda)

O Ultimo Cao de Guerra


O Último Cão de Guerra
Em época e país imprecisos, o General Zog, um neo-nazista, monta um campo de concentração, com o auxílio direto de um tenente e de uma doutora. Moças que moram nas fazendas são seqüestradas para dar continuidade ao plano de criação de uma raça pura.

Ficha Técnica
Título Original: O Último Cão de Guerra
Gênero: Policial
Duração: 92min.
Lançamento (Brasil): 1980
Distribuição: Ouro Nacional
Direção: Tony Vieira
Assistência de direção: Rajá de Aragão
Roteiro: Mauri de Oliveira Queiróz, Rajá de Aragão
Argumento: Mauri de Oliveira Queiróz
Produção: Tony Vieira
Direção de produção: Nabor Rodrigues
Assistência de produção: Osvaldo Moreira
Co-produção: Mauri Queiroz Produções Cinematográficas
Música: Mauri de Oliveira Queiróz, Robertinho, Tony Vieira
Som: Orlando Macedo
Fotografia: Henrique Borges
Desenho de Produção: Altair de Oliveira
Figurino: Tony Vieira
Edição: Walter Vanni Elenco
Elenco
Tony Vieira (Jô)
Cristina Kristner (Zeida)
Heitor Gaiotti (Gato)
Arlete Moreira (Cigana)
Francisco Assis Soares (Zog)
Itagiba Carneiro (Esparrago)
Renée Casemart (Dra. Nicole)
Elden Ribeiro (Beto)
Isa Mark
José Ohashi
Francisco Silva
Perla Elizeche
Sandra Regina
Walderez Pires
José Cruz
Tuty
Durvalino de Souza
Débora Muniz
José Lopes
Arlindo de Souza
Nabor Rodrigues
Edna Del Corso
Marcos Niro
Cleusa Ramos
Waldemar Bonaccio

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Desejo Proibido




seleciona
para imprimir
DESEJO PROIBIDO - (1973)
DESEJO PROIBIDO
Categorias
Longa-metragem / Sonoro / Ficção

Material original
35mm, COR, 83min, 2.270m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37


Data e local de produção
Ano: 1973
País: BR
Cidade: São Paulo
Estado: SP


Sinopse
Edu assalta o cofre do magnata Jonas com o auxílio de sua amante, Solange, levando 100 mil dólares. Porém, é roubado por seus comparsas, que curram Solange. Inicia-se assim uma perseguição aos ladrões.

Gênero
Policial
Dados de produção

Companhia(s) produtora(s): Brasecran
Produção: Hampe, Adilson
Companhia(s) distribuidora(s): Brasecran
Argumento: Oliveira, Mauri
Roteirista: Castellini, Luiz
Direção: Vieira, Tony
Direção de fotografia: Trindade, Wellington
Câmera: Borges, Henrique
Montagem: Vanni, Walter
Cenografia: Oliveira, Atair de
Identidades/elenco:
Vieira, Tony
Jaubert, Claudette
Soares, Francisco de Assis
Gaiotti, Heitor
Ribeiro, Eldem
Moreiras, J.
Siebert, Waldir
Moraes, Tarcizio de
Bailarina Shell
Rosa, Albary
Ricardi, Tuíza
Bianchi, Mônica
Renoir, Eliane
Moreira, Arlete
Farah, Carlos
Tani, Walter
Cruz, Tereza da
Guerra, Maria
Campos, Neli
Santos, Rui
Rossi, Conseição
Chadi, Rafael
Lopes, José
Rossi, Marcos
Minário, Benedito
Fróes, Célia
Ator(es) Convidado(s) Master, Renato; Lima, Nestor; Rodrigues, Nabor

Venha Brincar Comigo


Sinopse
"Filha de milionário seqüestrada por uma quadrilha acaba envolvendo-se com um dos raptores." (O Estado de S. Paulo)

Gênero
Sexo explícito
Dados de produção

Companhia(s) produtora(s): M. Q. - Mauri de Oliveira Queiroz; Helena Filmes
Produção: Ferreira, Clóvis Pires; Bucato, Antonio C.
Companhia(s) distribuidora(s): Unidos Produtora e Distribuidora de Filmes; Helena Filmes
Argumento: Queiroz, Mauri de Oliveira
Roteirista: Queiroz, Mauri de Oliveira
Direção: Vieira, Tony
Direção de fotografia: Borges, Henrique
Montagem: Dias, Valmir
Identidades/elenco:
Rios, Fabiana
Olivier, Van
Soul, Lia
Antonio, Hely
Kimura, Djalva
Albuquerque, Juliana
Costa, Agnaldo
Aragão, Rajá de
Felix, Hertz
Chumbinho
Manolo
Fernandes, Arnaldo
Fortes, Crizabel
Consâncio, Abel
Farah, Paulo
Cordeiros, Dyê
Miranda, Karina
Delosma, Antonio

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TONY VIEIRA - Mauri de Oliveira Queiroz nasceu em Dores do lndaiá, MG, em 1938. Aos doze anos de idade, foge de casa e deixa sua cidade para acompanhar um circo, onde é baleiro, locutor e trapezista. Nos anos 60 vai para Belo Horizonte e faz estágio de seis anos na TV ltacolomi. Lá, com Otávio Cardoso participa do Teatro Universitário. Radica-se em São Paulo em 1968, trabalha como ator em novelas da TV Excelsior, onde conhece o pessoal de cinema. Inicia carreira como ator no cinema, no filme A VIDA QUIS ASSIM, em 1967. Em 1972 começa a dirigir seus filmes, sempre policiais ou Faroestes tipo Spaghetti italiano. Na década de 80, adere ao sexo explícito e dirige diversos filmes como Mauri Queiroz, seu nome verdadeiro. Morre em 1990, aos 52 anos de idade. (Fonte: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro

FILMOGRAFIA
1967- A VIDA QUIS ASSIM; O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO; 1968- PANCA DE VALENTE; 1969- CORISCO, O DIABO LOIRO; UMA PISTOLA PARA DJECA; 1970- BETÃO RONCA FERRO; 1971- UM PISTOLEIRO CHAMADO CAVIÚNA; ENQUANTO HOUVER ESPERANÇA; 1972- GRINGO, O ÚLTIMO MATADOR; QUATRO PISTOLEIROS EM FÚRIA; AS MULHERES AMAM POR CONVENIÊNCIA; NUA E ATREVIDA; 1973- DESEJO PROIBIDO; SOB O DOMÍNlO DO SEXO; GERAÇÃO EM FUGA; 1974- O EXORCISTA DE MULHERES; 1975- A FILHA DO PADRE; OS PILANTRAS DA NOITE; 1976- TORTURADAS PELO SEXO; TRAÍDAS PELO DESEJO; 1977- AS AMANTES DE UM CANALHA; 1978- OS VIOLENTADORES; 1979- O ÚLTIMO CÃO DE GUERRA; O MATADOR SEXUAL; 1980-TORTURA CRUEL; UM MENINO, UMA MULHER; 198l-CONDENADA POR UM DESEJO; A CAFETINA DE MENINAS VIRGENS; 1982- DESEJOS SEXUAIS DE ELZA; 1983- CORRUPÇÃO DE MENORES; 1984- PROSTITUIDAS PELO VÍClO; 1987- CALIBRE 12.

sábado, 10 de outubro de 2009

Zilda Mayo


Zilda Mayo [Zilda Sedenho], nascida em Araraquara interior paulista, em 1953. Sua profissão, demonstradora de produtos cosméticos estava sempre viajando pelo país. Sua carreira teve início em Belo Horizonte -MG, quando fora convidada para fazer dois comerciais para TV, essa foi sua primeira eperiência na vida artística. Em uma viagem ao Rio de Janeiro, leu um anúncio na Revista Amiga, que convidava moças para filmes publicitários nos Estúdios Sílvio Santos, o Senor Abravanel. Aprovada no teste de fotogenia, teve sua primeira chance no cinema em 'Ninguém Segura Essas Mulheres[1975] ', dirido por José Miziara para os Estúdios Sílvio Santos. Na sequencia trabalharia como telemoça do de SS, e no programa BACARÁ, de Ronald Golias.



Possuídas pelo Pecado [ David Cardoso - 1976] e Excitação [Jean Garret - ]. Zilda, ao lado de Helena Ramos, se tornaria uma das principais deusas da boca, rainha da pornochanchada, e faria 40 filmes. Entre eles Internato de Meninas Virgens [1977], 'O Caso Cláudia' [1978], A Dama do Sexo, Liberdade Sexual, O Doador Sexual [1979]. No ano de 1981, ao lado de Nicole Puzzi e Djalma de Castro [ falecido em 2006 de câncer no nariz ] ela esbanjou sensualidade. Em 1982, O Cafetão, O Rei da Boca, Mulheres de Aluguel. 1983, Perdida em Sodoma, Tensão e Desejo, Juventude em Busca de Sexo entre outros. Já em 1984, Paraíso da Sacanagem, Como Afogar o Ganso, Bacanais na Ilha das Ninfetas e O Império do Sexo Explícito. Em 1985 fez seu último filme, As mil e umas Posições.



Na televisão participou do teleconto 'Angélica', na TV Cultura. No teatro fez as peças As Moças, Cordélia Brasil, A Outra Face.


Trabalhos

1979- O Caso Cláudia - de Miguel Borges
1979- A Ilha dos Prazeres Proibidos - de Carlos Reichenbach
1979- A Dama do Sexo - de Wilson Rodrigues
1979- Liberdade Sexual - de Wilson Rodrigues
1979- O Matador Sexual de Tony Vieira
1978- Fugitivas Insaciáveis - de Osvaldo de Oliveira
1977- Escola Penal de Meninas Violentadas - de Antônio Meliande
1977- Internato de Meninas Virgens - de Osvaldo de Oliveira
1977- Noite Em Chamas - de Jean Garret
1977- Presídio de Mulheres Violentadas - de Osvaldo de Oliveira
1976- Excitação - de Jean Garret
1976- Ninguém Segura Essas Mulheres - de José Miziara
1976- Possuídas Pelo Pecado - de Jean Garret
1980- Motel, Refúgio do Amor - de Alexandre Sandrini
1980- A Tara das Cocotas na Ilha do Pecado - de Antonio Bonacin Thomé
1980- O Doador Sexual - de Henrique Borges
1981- Ninfas Insaciáveis - de John Doo
1981- Casais Proibidos de Ubiratan Gonçalves
1981- O Filho da Prostituta - de Francisco Cavalcanti
1981- As Meninas da Madame Laura - de Ciro Carpentieri Filho
1981- Volúpia Ao Prazer - de Rubens Eleutério
1982- Bacanais na Ilha das Ninfetas - de Osvaldo de Oliveira
1982- As Gatas, Mulheres de Aluguel - de Ody Fraga e Antônio Meliande
1982- Muitas Taras e Um Pesadelo de Salvador do Amaral
1982- Pecado Horizontal - de José Miziara
1982- Perdida em Sodoma - de Nilton Nascimento
1982- O Rei da Boca - de Clery Cunha
1982- As Safadas - de Carlos Reichenbach
1983- O Cafetão de Francisco Cavalcanti
1983- Escândalo na Sociedade de Arlindo Barreto
1983- Juventude Em Busca do Sexo de Juan Bajon
1983- Tensão e Desejo de Alfredo Sternheim
1983- Tudo na Cama de Antônio Meliande
1984- A Quinta Dimensão do Sexo de José Mojica Marins
1984- Ivone, a Rainha do Pecado de Francisco Cavalcanti
1984- Como Afogar o Ganso de Conrado Sanchez
1984- Paraíso da Sacanagem de José Adauto Cardoso e Luiz Antônio de Oliveira
1984- Transa Brutal de Diogo Angélica
1985- O Império do Sexo Explícito - de Marcelo Motta
1985- As Mil e Uma Posições José Adauto Cardoso e Sady Baby
1988- Instrumento da Máfia - de Francisco Cavalcanti

SHIRLEY BENNY


Filmografia
1984- Meu Homem, Meu Amante de Jean Garrett
1984- Mulher...Sexo...Veneno de José Miziara
1984- Prostitutas Pelo Vício de Tony Vieira
1984- Sexo Proibido de Antônio Meliande
1984- Taras de Colegiais de Juan Bajon
1983- Corrupção de Menores de Tony Vieira
1983- Curras Alucinantes de Antônio Meliande
1983- Juventude Em Busca de Sexo de Juan Bajon
1982- As Amantes de Helen de Tony Vieira
1982- Curral de Mulheres de Osvaldo de Oliveira
1982- Desejos Sexuais de Elza de Tony Vieira
1982- As Seis Mulheres de Adão de David Cardoso
1982- Susy...Sexo Ardente de Tony Vieira

Zaira Bueno


Nasceu em Porto Alegre, no dia 11 de novembro de 1954. Seus pais mudaram para São Paulo quando ela tinha 7 anos. Aos 8, entrou para a Escola de Bailados da Professora Regina Meire Sangiovani, e também para a Escola da professora de dança Consuelo Munhoz onde aprendeu sapateado flamenco e castanholas. Aos 14 anos começou a lecionar Ballet. Fez Parte do Corpo de Bailes "Joyce Ballet". Quando morou em Nova York, estudou Jazz e fez aulas de clássico na Broadway Dance Center, com Franck Hatchett's e Andrey Silantyev. Atualmente, faz aulas de clássico na West Side Dance em Los Angeles na California. Aos 16 anos, Zaira fez o curso de manequim na Escola De Modelos Christine Yufon e foi onde o produtor David Cardoso a convidou para estrelar o filme A Ilha do Desejo, ingressando assim na carreira de atriz.


Filmografia :
1987- Gemidos e Sussuros de Raffaele Rossi
1985- Fêmeas em Fuga de Michele Massimo Tarantini
1983- Sexo Animal de Fauzi Mansur
1982- Excitação Diabólica de John Doo
1982- Amor, Palavra Prostituta de Carlos Reichenbach
1982- A Fábrica das Camisinhas de Ary Fernandes
1982- Gatas, As Mulheres de Aluguel de Ody Fraga e Antônio Meliande
1982- O Prazer do Sexo de John Doo
1982- O Rei da Boca de Clery Cunha
1982- Tessa, a Gata de John Herbert
1981- P.S.: Post Scriptum de Romain Lesage
1981- Aqui, Tarados! (episódio “A Viúva do Doutor Vidal”) de Ody Fraga
1981- Coisas Eróticas de Raffaele Rossi
1981- Os Insaciados de Libero Miguel
1981- Me Deixa de Quatro de Fauzi Mansur
1981- As Meninas da Madame Laura de Ciro Carpentieri Filho
1981- A Noite dos Bacanais de Fauzi Mansur
1976- Pura Como um Anjo, Será...Virgem? de Raffaele Rossi
1976- Quem É o Pai da Criança? de Ody Fraga
1975- A Ilha do Desejo de Jean Garrett

Claudete Jaubert


Nos anos 1970, o cinema popular e as comédias eróticas não só produziram grandes sucessos de bilheteria. Eles lançaram também musas inesquecíveis, como Marta Anderson, Helena Ramos, Nicole Puzzi e Aldine Muller. Uma delas nasceu no Paraná, mas foi em São Paulo que fez história, como musa absoluta do cineasta Tony Vieira, e depois em Brasília, como musa de Affonso Brazza. Seu nome é Claudette Joubert.

Claudette Joubert nasceu em Florinea, cidade às margens do rio Paranapanema, na divisa com Londrina, no Paraná. Mas foi em São Paulo que começou sua carreira artística, primeiro como modelo e depois como atriz de cinema. O primeiro filme é um clássico dirigido por Fauzi Mansur em 1972, “Sinal Vermelho – As Fêmeas”, que lançou também Vera Fischer no cinema. O cinema aconteceu por acaso na vida de Claudette Joubert: “Na verdade, quem me levou (para o cinema) foi o Agnaldo Rayol. É uma história. Eu era promotora de vendas em São Paulo e um dia eu estava parada em um sinal, quando de repente abriu-se a janela de um carro e ele foi logo me abordando. Eu estava no auge, na adolescência, muita linda. Ele veio atrás de mim, me pediu autógrafo, me disse que eu precisava trabalhar no cinema nacional, que era muito linda, que ele ia me apresentar para um rapaz que era produtor”.

Depois do filme de Fauzi Mansur, Claudette Joubert inicia parceria nas telas e na vida com o ator e cineasta Tony Vieira. Os dois se casam e a atriz vira musa absoluta desse cineasta e de sua filmografia toda particular, com filmes de aventura, ação e faroeste – eles fazem seis filmes juntos. No final dos anos 70, os dois se separam, Claudette atua em filmes de cineastas importantes, como Alfredo Sternhein e Antonio Meliande, e, sobretudo, com o mestre Ozualdo Candeias, no filme “As Belas da Billings” (1987). Nos anos 90, Claudette Joubert se torna musa outra vez de um cineasta, Affonso Brazza, antigo assistente de Tony Vieira, com quem se casa e vive em Brasília: “Eu conhecia, mas não tinha nada de amor nessa época. Olha, dá até para fazer um filme sobre a nossa história. O Brazza, inclusive, queria fazer um filme sobre a nossa vida. Tem drama, tem romance.”

Com Affonso Brazza, Claudette Joubert fez cinco filmes, inclusive, o último dela como atriz e o último dele como diretor, “Fuga sem Destino” (2003). Brazza morreu em 2003, sem terminar o filme, finalizado por Pedro Lacerda. Joubert abandonou o cinema e não pensa mais em retomar a carreira: “Depois que o Brazza morreu, minha carreira foi enterrada junto com ele”.

Claudette Joubert falou com o Mulheres por telefone de sua casa, em Brasília. Em princípio, não queria muito fazer a entrevista: “Sobre o quê você quer falar? Você sabe que eu não sou mais atriz, não é?” Na entrevista, Claudette Joubert repassa sua carreira, fala de Fauzi, Tony, Candeias, Brazza, e muito mais.




Mulheres: Você começou sua carreira como modelo, não é isso?

Claudette Joubert: Sim, fiz vários comerciais, muitas fotos. Eram fotos mais recatadas, não podia nem aparecer nua.

Mulheres: E a chegada ao cinema? Foi mesmo o David Cardoso que te levou até o Fauzi Mansur, diretor do seu primeiro filme (“Sinal Vermelho – As Fêmeas” – 1972)?

Claudette Joubert: Na verdade, quem me levou (para o cinema) foi o Agnaldo Rayol. É uma história. Eu era promotora de vendas em São Paulo e um dia eu estava parada em um sinal, quando de repente abriu-se a janela de um carro e ele foi logo me abordando. Eu estava no auge, na adolescência, muita linda. Ele veio atrás de mim, me pediu autógrafo, me disse que eu precisava trabalhar no cinema nacional, que era muito linda, que ele ia me apresentar para um rapaz que era produtor. É meio esquisito falar assim da gente mesmo, mas ninguém nos conhece melhor do que a gente mesmo, não é?

Esse produtor era o David Cardoso. O David então levou as minhas fotos para o Fauzi Mansur, que aprovou na hora e me chamou para o filme que ele estava fazendo, todo rodado em Americana. O filme tinha a Vera Fischer, que estava começando.

Por ali estava também o Tony Vieira. O Tony então perguntou para o Fauzi quem que tinha se saído melhor no filme, qual tinha sido o melhor desempenho, e aí o auzi disse “foi a Claudete. Pode contrata-la que você não vai se arrepender”.

Mulheres: E daí você virou a musa absoluta do Tony Vieira.

Claudette Joubert: Pois é, a partir daí fiz vários filmes com o Tony.

Mulheres: Você pensava em ser atriz? Você chegou a imaginar que iria ter essa participação importante no cinema brasileiro?

Claudette Joubert: Não, aconteceu de repente. Muitos olheiros na rua me abordavam, queriam me fotografar. Meus pais não deixavam de jeito nenhum, minha mãe corria atrás dos fotógrafos. Eu queria mesmo era me formar, meus pais queriam que eu me formasse. Eu queria me formar em veterinária. Eu sou muito bicho do mato, viu? Eu tenho paixão por animais, por mato, por natureza. Tem um condomínio perto de onde eu moro, onde tem muito mato. Ás vezes eu vou para lá e fico por uns dias, desestresso e depois volto para casa.

Mulheres: Durante um período você trabalhou só com o Tony.

Claudette Jobert. É, muita gente queria filmar comigo, mas o Tony não deixava. Ele dizia que não podia, que eu era exclusiva.

Mulheres: Dos filmes que você fez com ele, dá para você relembrar algum? Dos que você mais gostou?

Claudette Joubert: Eu gostei muito de fazer os filmes com ele, principalmente quando era faroeste. O Tony caprichava, ele construía cidades cenográficas bem parecidas com os filmes de faroeste, ele fazia saloom, ele mandava fabricar cenários.

Mulheres: Existe uma parcela muito grande do público que tem adoração pelos filmes do Tony Vieira, que procuram pelos filmes dele. Você tinha noção dessa importância naquela época?

Claudette Joubert: Não tinha não. Não dava muito valor. Também eu era muito nova, né?

Mulheres: Tem algum filme dele que você destacaria? Que você gostou muito de fazer?

Claudette Joubert: Gosto de “A Filha do Padre” (1975). É um filme bem inocente, aquela professorinha do interior. Gosto muito também de “Gringo – O Último Matador” (1973).

Mulheres: Você parou de fazer filmes com ele por causa da separação?

Claudette Joubert: Sim, quando nos separamos, nos separamos em tudo, do casamento e das produções.

Mulheres: Você fez muitos filmes nos anos 70, mas não fez televisão?

Claudette Joubert: Eu não quis, fui chamada, fui convidada, mas não quis.

Mulheres: Por que?

Claudette Joubert: Não quis, já tinha vontade de morar no interior, e daí teve uma época em que fui morar em Pinhedo, interior de São Paulo. Não me interessei por televisão, minha vontade mesmo era morar no mato.

Mulheres: Depois do Tony, você trabalhou com diretores importantes como Alfredo Sternhein, Ary Fernandes, Antonio Meliande. Você trabalhou, inclusive, novamente com o Fauzi Mansur, diretor do seu primeiro filme. Aliás, em “O Inseto do Amor”.

Claudette Joubert: foi ótimo reencontrar com o Fauzi. Foi um filme rodado em Ilha Bela. Foi maravilhoso. O Fauzi é muito simpático, um diretor responsável. Ele me disse assim “Que bom Claudete, trabalharmos juntos de novo” e eu respondi que era um prazer também para mim. O Fauzi é um homem de caráter.

Mulheres: Você trabalhou também com um cineasta genial, que é o Ozualdo Candeias.

Claudette Joubert: Foi, em “As Belas da Billings” (1987).

Mulheres: Eu vi esse filme há mais ou menos um ano e gostei muito. Como foi o convívio com o Candeias?

Claudette Joubert: O Candeias era muito responsável, podia parecer que não, mas era. Sempre muito elegante, eu gostei muito de fazer o filme.

Mulheres: E você gostou do resultado?

Claudette Joubert: Você acredita que eu nunca assisti esse filme?

Mulheres: Mesmo?

Claudette Joubert: Nunca. E o que você achou, ficou bom?

Mulheres: Eu gostei muito.

Claudette Joubert: Pois é, eu tenho muita vontade de assistir.

Mulheres: Depois de ser musa do Tony Vieira, você vira musa de outro cineasta especial, que é o Affonso Brazza. Ele era assistente do Tony, não é isso? Foi assim que vocês se conheceram?

Claudette Joubert: Era sim. Eu conhecia, mas não tinha nada de amor nessa época. Olha, dá até para fazer um filme sobre a nossa história. O Brazza, inclusive, queria fazer um filme sobre a nossa vida. Tem drama, tem romance.

Mulheres: E não fez? Ou ele chegou a fazer pelo menos o roteiro?

Claudette Joubert: Não, não fez, ficou só na idéia. O Brazza era uma pessoa muito especial, diferente, eu o amava muito como gente. Não é porque ele não está mais aqui que eu falo isso, nas entrevistas que dei eu sempre disse isso. Ele era uma pessoa boníssima, humilde, batalhador. Ele sofreu demais para levar seus filmes para a tela, para ser considerado.

Mulheres: Você acha que ele já teve o reconhecimento que merece?

Claudette Joubert: Acho que não, e nem sei se terá algum dia.

Mulheres: Dos filmes que você fez com ele, qual você destaca?

Claudette Joubert: Eu gosto muito de “Tortura Selvagem – A Grade” (2001). É um filme de ação, tem ação do começo ao fim. É uma produção muito bem feita.

Mulheres: Por que você abandonou a carreira de atriz?

Claudette Joubert: Eu sou testemunha de Jeová. Tem muita gente que acha que a religião me proibiu, mas não é assim. A gente tem livre arbítrio para escolher. Eu escolhi ser testemunha de Jeová e não participar mais de filmes.

Mulheres: Você não sente falta do cinema, da sua carreira de atriz?

Claudette Joubert: Não me interessa mais, não tem mais aquele sabor. Não sinto falta, por incrível que pareça. Depois que o Brazza morreu, minha carreira foi enterrada junto com ele.

Mulheres: Você participou do lançamento do último filme do Brazza, o “Fuga Sem Destino” (2003) em Brasília, mas ele está inédito em muitas cidades. É uma forma de contribuir para que a obra dele seja exibida?

Claudette Joubert: È também porque o filme teve um custo muito grande, tem que dar retorno, nem que seja um troco. O filme foi finalizado pelo Pedro Lacerda, o Brazza morreu sem terminar. Na época em que ele fez, o filme ele já era caro, e depois a finalização, com o Pedro, também ficou. O Brazza fez sozinho e depois o Pedro também batalhou para finalizar.

Mulheres: Durante sua trajetória, você contracenou com algumas atrizes muito especiais: Arlete Moreira, Helena Ramos, Aldine Muller, Silvana Lopes, Zélia Diniz... Dá para você comentar sobre algumas delas?

Claudette Joubert: A Arlete é minha irmã, né?

Mulheres: Sua irmã? Não sabia.

Claudette Joubert: É minha irmãzinha. Ela também abandonou a carreira, muito antes de mim.

Mulheres: Eu admiro muito o trabalho da Arlete. Realmente não sabia que ela era sua irmã. Ela é outra atriz importante do cinema nacional.

Claudette Joubert: A Silvana Lopes era uma amigona, uma ótima pessoa, mas nunca mais a vi.

Mulheres: É mesmo incrível a quantidade de atrizes notáveis do nosso cinema que anda afastada das telas. A Silvana é outra ausência sentida.

Claudette Joubert: Eu não sei por onde ela anda.

Mulheres: Você abandonou a carreira de atriz, mas e os filmes brasileiros, você também não assisti mais?

Claudette Joubert: Assisto, assisto sim.

Mulheres: Qual foi o último que você assistiu?

Claudette Joubert: Deixe me ver... Foi o “Lisbela”, “Lisbela e O Prisioneiro” (2003 - Guel Arraes).

Mulheres: E gostou?

Claudette Joubert: Gostei muito. O Selton Mello se tornou assim, entre aspas, um amigo. Para mim ele está entre os melhores atores brasileiros. Ele é bom em tudo, como ator, como gente, o Selton é 10. Eu gosto de tudo o que ele faz.

Mulheres: Quero te convidar para homenagear uma mulher do cinema brasileiro que você goste aqui nesta entrevista. Pode ser de qualquer época e de qualquer área.

Claudette Joubert: Uma mulher... uma mulher... Marieta Severo. Eu gosto muito, ela é muito natural. Ela está, inclusive, na televisão (no seriado“A Grande Família").

Mulheres: Muito obrigado pela entrevista.

Claudette Joubert: Muito obrigada.

Publicado no jornal o globo em 1977

As amantes de um canalha

Made in São Vicente and Ilha Porchat. Com a característica de produto alienígena em sua própria terra, assim poderia ser apresentada mais esta produção de Tony Vieira. Estranho como produto da terra, ele não é na verdade tão estranho assim. Seus padrões estão rigidamente concentrados no filme policial americano e seus sucedâneos europeus. Assimilando este know-how, o cinema nacional não está pagando royalties em forma de dividendos. A evasão de divisas fica por conta de sua descaracterização, desfiguração e perda de identidade.

Se, como dizia Paulo Emilio Salles Gomes, "o mínimo denominador comum de nossa originalidade é a incompetência criativa em copiar", pode-se afirmar que Tony Vieira é - neste mister - um diretor razoavelmente competente, pois sua cópia é literal. Mesmo as chanchadas de outra época procuravam estabelecer um elemento local de consumo fácil que tornassem mais familiar o pastiche. Os personagens do filme de Tony Vieira são de figurinha, seus gangsters de fancaria e as mulheres que os rodeiam parecem saídas do teatro rebolado ou dos inferninhos da noite. Enfim, não se pode esperar nada de um pornopolicial que se diz brasileiro e cujas atrizes principais se chamam Claudette Jaubert e Caroline Lindsay. (SAS)

Publicada no jornal O GLOBO em 30 de novembro de 1977

Arlete Moreira, Londrina - PR


Nos anos 70, a produção de pornochanchadas, comédias e dramas de eróticos, foi intensa e emplacou vários sucessos de público. O gênero revelou musas que, acompanhando a produção intensa, atuaram em vários filmes durante a década. Arlete Moreira é um desses nomes.

Antes de estrear nas telas do Cinema Nacional, a paranaense Arlete Moreira atuou como modelo e garota-propaganda. Sua estréia no cinema se deu em momento de intensa produção das pornochanchadas da famosa Boca do Lixo, pólo produtor em São Paulo. O primeiro filme da atriz é `Desejo Proibido´, em 1973, dirigido pelo cineasta mineiro radicado em São Paulo, Tony Vieira. Tony Vieira tem uma carreira de ator, diretor e produtor de filmes de ação, policiais e eróticos, e foi um cineasta que dirigiu Arlete Moreira em seis filmes, `O Exorcista de Mulheres´, `Os Pilantras da Noite´, `A Filha do Padre´`O último Cão de Guerra´ e `As Amantes de Helen´ são os outros cinco.

Arlete Moreira atuou em 15 filmes somente na década de 70. Além de ser dirigida por nomes famosos das pornochanchadas, como Jean Garret e Antonio Meliande. José Mojica Marins também a dirigiu em dois filmes, o suspense erótico `Perversão´ e em `Mundo – Mercado do Sexo.

- `Desejo Proibido´ (1973), de Tony Vieira;
- `O Exorcista de Mulheres´ (1974), de Tony Vieira;
- `Os Pilantras da Noite´ (1975), de Tony Vieira;
- `A Filha do Padre´ (1975), de Tony Vieira;
- `Bonecas Diabólicas´ (1975), de Flávio Ribeiro Nogueira;
- `As Audaciosas´ (1975), de Mozael Silveira;
- ´Amadas e Violentadas´ (1975), de Jean Garret;
- `O Dia das Profissionais´ (1976), de Rajá de Aragão;
- `Garimpeiras do Sexo´ (1977), de José Vedovato;
- `Escola Penal de Meninas Violentadas´ (1977), de Antonio Meliande;
- `Elas são do Baralho´ (1977), de Sílvio de Abreu;
- `Chumbo Quente´ (1977), de Clery Cunha;
- `O Último Cão de Guerra´ (1979), de Tony Vieira;
- ´Perversão´ (1979), de José Mojica Marins;
- `Mundo- Mercado do Sexo´ (1979), de José Mojica Marins;
- `As Amantes de Helen´ (1982), de Tony Vieira

Biografia de tony vieira

TONY VIEIRA - Mauri de Oliveira Queiroz nasceu em Dores do lndaiá, MG, em 1938. Aos doze anos de idade, foge de casa e deixa sua cidade para acompanhar um circo, onde é baleiro, locutor e trapezista. Nos anos 60 vai para Belo Horizonte e faz estágio de seis anos na TV ltacolomi. Lá, com Otávio Cardoso participa do Teatro Universitário. Radica-se em São Paulo em 1968, trabalha como ator em novelas da TV Excelsior, onde conhece o pessoal de cinema. Inicia carreira como ator no cinema, no filme A VIDA QUIS ASSIM, em 1967. Em 1972 começa a dirigir seus filmes, sempre policiais ou Faroestes tipo Spaghetti italiano. Na década de 80, adere ao sexo explícito e dirige diversos filmes como Mauri Queiroz, seu nome verdadeiro. Morre em 1990, aos 52 anos de idade. (Fonte: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro", de Antonio Leão da Silva Neto)
FILMOGRAFIA:
1967- A VIDA QUIS ASSIM
1967- O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO
1968- PANCA DE VALENTE ***este eu tenho copia dvd
1969- CORISCO, O DIABO LOIRO ***este eu tenho copia dvd-r
1969- UMA PISTOLA PARA DJECA ***este eu tenho copia dvd
1970- BETÃO RONCA FERRO ***este eu tenho copia dvd
1971- UM PISTOLEIRO CHAMADO CAVIÚNA
1971- ENQUANTO HOUVER ESPERANÇA
1972- GRINGO, O ÚLTIMO MATADOR ***este eu tenho copia dvd-r
1972- QUATRO PISTOLEIROS EM FÚRIA
1972- AS MULHERES AMAM POR CONVENIÊNCIA
1972- NUA E ATREVIDA
1973- DESEJO PROIBIDO
1973- SOB O DOMÍNlO DO SEXO
1973- GERAÇÃO EM FUGA
1974- O EXORCISTA DE MULHERES ***este eu tenho copia dvd-r
1975- A FILHA DO PADRE ***este eu tenho copia dvd-r
1975- OS PILANTRAS DA NOITE
1976- TORTURADAS PELO SEXO ***este eu tenho copia dvd-r
1976- TRAÍDAS PELO DESEJO ***este eu tenho copia dvd-r
1977- AS AMANTES DE UM CANALHA ***este eu tenho copia dvd-r
1978- OS VIOLENTADORES
1979- O ÚLTIMO CÃO DE GUERRA ***este eu tenho copia dvd-r
1979- O MATADOR SEXUAL
1980- TORTURA CRUEL ***este eu tenho copia dvd-r
1980- UM MENINO, UMA MULHER
198l- CONDENADA POR UM DESEJO ***este eu tenho copia dvd-r
1981- A CAFETINA DE MENINAS VIRGENS
1982- DESEJOS SEXUAIS DE ELZA ***este eu tenho copia dvd-r
1982- AS AMANTES DE HELEN
1983- CORRUPÇÃO DE MENORES
1984- PROSTITUIDAS PELO VÍClO
1987- CALIBRE 12 ***este eu tenho copia dvd-r

Gostaria de conseguir os filmes que nao tenho, se alguem tiver algum dos filmes que não tenho, por gentileza entrem em contato comigo jairfab@gmail.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desejo Proibido 1973


Data e local de produçãoAno: 1973País: BRCidade: São PauloEstado: SPSinopseEdu assalta o cofre do magnata Jonas com o auxílio de sua amante, Solange, levando 100 mil dólares. Porém, é roubado por seus comparsas, que curram Solange. Inicia-se assim uma perseguição aos ladrões. GêneroPolicialDados de produçãoCompanhia(s) produtora(s): Brasecran Produção: Hampe, Adilson Companhia(s) distribuidora(s): Brasecran Argumento: Oliveira, Mauri Roteirista: Castellini, LuizDireção: Vieira, Tony Direção de fotografia: Trindade, Wellington Câmera: Borges, Henrique Montagem: Vanni, Walter Cenografia: Oliveira, Atair deIdentidades/elenco: Vieira, Tony Jaubert, Claudette Soares, Francisco de Assis Gaiotti, Heitor Ribeiro, Eldem Moreiras, J.Siebert, Waldir Moraes, Tarcizio de Bailarina Shell Rosa, Albary Ricardi, Tuíza Bianchi, Mônica Renoir, Eliane Moreira, Arlete Farah, Carlos Tani, Walter Cruz, Tereza da Guerra, Maria Campos, Neli Santos, Rui Rossi, Conseição Chadi, Rafael Lopes, José Rossi, Marcos Minário, Benedito Fróes, Célia Ator(es) Convidado(s) Master, Renato; Lima, Nestor; Rodrigues, Nabor

quarta-feira, 29 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Filmes de Tony Vieira


Giba Carneiro, um grande guerreiro que participou do ultimo Filme de Tony Vieira Calibre 12 em 1988 pouco antes de tony vieira falecer e fez o papel do tenente do filme O Ultimo Cão de Guerra gravado pela

Companhia(s) produtora(s): M. Q. Mauri de Oliveira Queiroz

J. Amorim Promoções ArtísticasDireção: , Mauri de Oliveira Queiroz ( Tony Vieira )

Direção de fotografia: Henrique Borges

Identidades/elenco: Tony Vieira, Amorim, João Amorim, Lia Gonsalves, Cleuza Ramos, Itagiba Carneiro, Heitor Gaoitti e Sue Morita.

Atualmente Giba mora em Contagem Minas Gerais, e está empenhado em fazer um trabalho muito importante no resgate das obras de tony vieira.











sábado, 11 de abril de 2009

OS VIOLENTADORES - (1978)


OS VIOLENTADORES - (1978)

Material original35mm, COR, 87min, .2388m, 24q, EastmancolorData e local de produçãoAno: 1978País: BRCidade: São PauloEstado: SPData e local de lançamentoData: 1978.04.24; 1978.05.08Local: Rio de Janeiro; São PauloSinopseAbutre, caçador de prêmios, está à procura de Montero, chefe de uma quadrilha de assaltantes, que vem matando e estuprando mulheres. Num acidente, Abutre mata uma criança, filha de Montero, que reúne seu bando para se vingar. Com a morte da criança, Abutre resolve abandonar a caçada; fugindo, para a fronteira, ele encontra uma mestiça, mulher de Montero e mãe da criança. Enquanto ele tenta provar sua inocência à mulher, Montero chega com seus capangas. A quadrilha começa a vasculhar a cidade à procura de Abutre, invadindo e saqueando as casas e travando cerrado tiroteio com o delegado local e seus auxiliares. Após muitas mortes, Abutre consegue liqüidar o bando, voltando a seu destino de caçador de prêmios.GêneroAventura; FaroesteDados de produçãoCompanhia(s) produtora(s): M. Q. - Mauri de Oliveira Queiroz Produtora e Distribuidora de FilmesGerente de produção: Mariano, IragildoCompanhia(s) distribuidora(s): Mauri de Oliveira Queiroz Produtora e Distribuidora de FilmesRoteirista: Queiróz, Mauri deDireção: Vieira, TonyDireção de fotografia: Borges, HenriqueEfeitos especiais de fotografia: Mariano, IragildoMontagem: Wanny, WalterIdentidades/elenco: Vieira, TonyJaubert, ClaudetteGaiotti, HeitorSoares, Francisco A.Braun, VicSevic, VandaAraújo, LázaroAragão, Rajá deRibeiro, EldenMorais, DirceSaltense, ÍndioNovakoski, NovaniCarneiro, HytagibaAntônio, HelyConstâncio, AbelVeraliseSiebert, WaldirLima, NestorCristina, Sônia

sábado, 7 de março de 2009


O Indio - José Lopes teve uma grande participação em muito filmes de tony Vieira, é pena que está afastado da midia tmbem, mas eu acho que merece um espasso para ser lembrado como um grande ator. Eu gostaria muito de encontra-lo um dia na regiao central de sao paulo, valeu cara se for do seu interesse entre em contato comigo.


Este blog nao pertence a mim e, sim aos grandes personagem do cinema nacional..

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



Se Mauri de Oliveira Queiróz tivesse nascido nos Estados Unidos, com certeza ele teria diversas biografias e documentários. Mas o destino não quis e ele nasceu no Brasil.
Ator/diretor/produtor permanece praticamente esquecido. Com o pseudônimo de Tony Vieira, este mineiro de Dores do IndaiáDores de Indaiá, nascido em 1938 - Felecido em Belo Horizonte em 1990), foi uma das maiores estrelas da história do cinema tupiniquim. Sua produtora MQ (Marca e Qualidade), vivia cheia de pessoas dia e noite. Suas fitas eram faroestes e policias de grande sucesso. Sempre fazia par romântico com a musa Claudette Joubert e com o genial humorista Heitor Gaiotti. Seus filmes fizeram rios de dinheiro, mas Tony gastou a maioria do capital em um time de futebol amador, que ele tanto gostava. Talvez seu melhor trabalho seja mesmo “As Amantes de Um Canalha”, filmado em Santos e São Vicente. Quase sempre seus trabalhos seguiam os mesmos esquemas e geralmente seus técnicos eram sempre os mesmos. Durante o período explícito, assinou as fitas como Mauri de Queiroz, deixando o pseudônimo somente para os gêneros cinematográficos que verdadeiramente amava. Existe varias latas de filmes depositadas na Cinemateca de São Paulo, inclusive Recentime foi Restaurado pela Cinemateca o filme a Filha do Padre com o objetivo de fazer uma homenagem a Heitor Gaiotti, por mais incrivel que pareca apesar de ter ficado um trabalho excelente, até o momento nenhuma distribuidora se interessou po este trabalho.
Recentimente eu encontrei um abogo que tem algumas latas de filmes em excelente qualidade, mais parace que seria um trabalho praticamente impossivel que se fazer algumas copias para DVd, pois ninguem tem interesse em fazer nada.

Lista de Trabalho de tony vieira

1968 PANCA DE VALENTE
1969 CORISCO O DIABO LOURO
1970 BETAO RONCA FERRO
1972 ENQUANTO HOUVER ESPERANCA
1972 GRINGO, O ULTIMO MATADOR
1972 AS MULHERES AMAM POR CONVENIENCIA
1972 NUA E ATREVIDA
1972 UM PISTOLEIRO CHAMADO CAVIUNA -EDWARD FREUND
1973 GERACAO EM FUGA -MAURICIO NABUCO
1973 SOB O DOMINIO DO SEXO - TONY VIEIRA
1974 DESEJO PROIBIDO - TONY VIEIRA
1974 O EXORCISTA DE MULHERES - TONY VIEIRA
1975 A FILHA DO PADRE - TONY VIEIRA
1975 OS PILANTRAS DA NOITE
1976 O DIA DAS PROFISSIONAIS - RAJA de ARAGAO
1976 TORTURADAS PELO SEXO -TONY VIEIRA
1976 TRAIDAS PELO DESEJO - TONY VIEIRA
1977 AS AMANTES DE UM CANALHA - TONY VIEIRA
1978 OS DEPRAVADOS - TONY VIEIRA
1978 OS VIOLENTADORES - TONY VIEIRA
1979 O MATADOR SEXUAL - TONY VIEIRA
1979 O ULTIMO CAO DE GUERRA - TONY VIEIRA
1980 UM MENINO.. UMA MULHER - ROBERTO MAURO
1980 TORTURA CRUEL -TONY VIEIRA
1981 AS AMANTES DE HELEN - TONY VIEIRA
1981 A CAFETINA DE MENINAS VIRGENS - AGENOR ALVES
1981 CONDENADAS POR UM DESEJO - TONY VIEIRA
1982 DESEJOS SEXUAIS DE ELZA - TONY VIEIRA
1982 SUSY... SEXO ARDENTE - TONY VIEIRA
1983 CORRUPCAO DE MENORES - TONY VIEIRA
1984 MENINAS DE PROGRAMA -TONY VIEIRA
1984 PROSTITUIDAS PELO VICIO - TONY VIEIRA
1985 BANHO DE LINGUA -TONY VIEIRA
1985 NEUROSE SEXUAL -TONY VIEIRA
1986 GAROTAS DA B... QUENTE -TONY VIEIRA
1986 As MENINAS DA B... DOCE -TONY VIEIRA
1986 MENINAS DA B... QUENTE -TONY VIEIRA
1986 VENHA BRINCAR COMIGO - TONY VIEIRA
1987 EU ADORO ESSA COBRA -TONY VIEIRA
1987 JULIE... SEXO A VONTADE - TONY VIEIRA
1987 SCANDALOU'S DAS LIBERTINAS -TONY VIEIRA
1988 CALIBRO 12 -TONY VIEIRA
1988 A FAMOSA LINGUA DE OURO - TONY VIEIRA

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Calibre 12 - 1987

CALIBRE 12
Material original,35mm, COR, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1987,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP

Identificacao dos Filmes de Tony Vieira

NUA E ATREVIDA 1971
Material original,35mm, COR, 100min, 2.742m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1971,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP

GERAÇÃO EM FUGA 1972
Material original,35mm, COR, 110min, 2.855m, 24q, Eastmancolor, Westrex, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Laurelli, Glauco Mirko

GRINGO, O ÚLTIMO MATADOR 1972
Material original,35mm, COR, 95min23seg, 2.385m, 24q, Eastmancolor / Agfa GevaertData e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Wani, Walter , Locação: Fazenda em Sabauna, Mogi das Cruzes – SP

AS MULHERES AMAM POR CONVENIÊNCIA 1972
Material original,35mm, COR, 104min29seg, 2.865m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Locação: Fazenda em Sabauna, Mogi das Cruzes – SP

QUATRO PISTOLEIROS EM FÚRIA
Material original,35mm, COR, 58min20seg, 1.600m, 24q, Eastmancolor, RCA, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Locação: Fazenda em Sabauna, Mogi das Cruzes – SP
Montagem: Freund, Edward, Editor musical: Wanni, Walter

UM PISTOLEIRO CHAMADO CAVIÚNA 1972
Material original,35mm, BP, 80min, 2.195m, 24q, Ferrania, Westrex, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Edição: Leme, Roberto; Wani, Walter, Locação: Fazenda em Sabauna, Mogi das Cruzes – SP

TRAÍDAS PELO DESEJO - (1976) - Locação: Guararema - SP
Material original 35mm, COR, 90min, 2.468m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1976,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Data e local de lançamento,Data: 1976.06.12,Local: Porto Alegre


TORTURADAS PELO SEXO – 1976
Material original,35mm, COR, 104min, 24q, Eastmancolor
Data e local de produção,Ano: 1976,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPData e local de lançamento,Data: 1977.02.14,Local: São Paulo
Montagem: Wanny, Walter
DESEJO PROIBIDO – 1973
Material original,35mm, COR, 83min, 2.270m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1973,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vanni, Walter

A FILHA DO PADRE – 1975
Material original, 35mm, COR, 100min, 2.745m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1975,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Locação: Mogi das Cruzes – SP Montagem: Vanni, Walter

OS PILANTRAS DA NOITE – 1975
Material original 35mm, COR, 95min, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1975,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPMontagem: Vanni, Walter

ENQUANTO HOUVER ESPERANÇA – 1971
Material original,35mm, BP, 80min, 2.149m, 24q, EastmanData e local de produção,Ano: 1971,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Freund, Edward

SOB O DOMÍNIO DO SEXO - 1973
Material original,35mm, COR, 81min, 2.222m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1973,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPMontagem: Leme, Roberto

O EXORCISTA DE MULHERES - 1974
Material original,35mm, COR, 90min, 2.470m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1974,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPMontagem: Wanny, Walter

OS DEPRAVADOS - 1978
Material original, 35mm, COR, 92min, 2.525m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1978,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vanni, Walter,
Produção: Queiroz, Mauri de OliveiraAssistência de produção: Navarro, Antonio; Lampa, José Carlos




OS VIOLENTADORES-1978
Material original,35mm, COR, 87min, .2388m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1978,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Wanny, Walter

AS AMANTES DE UM CANALHA, 1977
Material original, 35mm, COR, 97min, 2.660m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1977,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vani, Valter

TRÁFICO DE FÊMEAS- 1979
Material original,35mm, COR, 92min, 2.525m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1979,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Dias, Walmir

LIBERDADE SEXUAL- 1979
Material original,35mm, COR, 88min, 2.412m, 24q, Eastmancolor, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1979,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vanni, Walter

O MATADOR SEXUAL 1979
Material original,35mm, COR, 94min, 2.579m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1979,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPMontagem: Wanny, Walter

ENQUANTO HOUVER UM AMANHÃ, 1972
Material original,35mm, BP, 80min, 2.194m, 24qData e local de produção,Ano: 1972,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Freund, Edward

AS AMANTES DE HELEN- 1981
Material original,35mm, COR, 90min, 2.547m, 24q, 1:1'37Data e local de produção,Ano: 1981,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Wanny, Walter

CONDENADAS POR UM DESEJO-1981
Material original,35mm, COR, 82min, 2.320m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1981,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Dias, Walmir

DESEJOS SEXUAIS DE ELZA – 1982
Material original,35mm, COR, 90min, 2.468m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1982,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vanni, Walter Locação: Recife - PE

CORRUPÇÃO DE MENORES – 1983
Material original,35mm, , 85min, 2.434m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1983,Início: 1983.05.16,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Vani, Walter



PROSTITUÍDAS PELO VÍCIO
Material original,35mm, COR, 80min, 2.195m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1984,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Marques, Walmir

O ÚLTIMO CÃO DE GUERRA
Material original,35mm, COR, 92min, 2.698m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1980,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Marques, Walmir, Locação Paraquai

FÊMEAS VIOLENTADAS - TORTURA CRUEL – 1980
Material original,35mm, COR, 90min, 2.468m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1980,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Dias, Waldir

A CAFETINA DE MENINAS VIRGENS – 1981
Material original,35mm, COR, 92min, 2.721m, 24qData e local de produção,Ano: 1981,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SP
Montagem: Leme, Roberto

VENHA BRINCAR COMIGO 1985
Material original,35mm, COR, 64min, 1.751m, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1985,País: BR,Cidade: São Paulo, Estado: SP
Montagem: Dias, Valmir

AS MENINAS DA B... DOCE 1986
Material original,35mm, COR, 24q, EastmancolorData e local de produção,Ano: 1986,País: BR,Cidade: São Paulo,Estado: SPMontagem: MacBrown